6 estratégias de sucesso para a educação a distância

2021-03-12 15:31:24 - Censupeg

Para você que é educador e teve que se transformar em um educador remoto, “profetuber”, professor a distância – a nomenclatura é o que menos interessa, abaixo estão algumas experiências já praticadas de professores que dão aulas a distância e conseguem ter excelentes resultados:

  1. Seja autêntico: simplificando, os professores precisam ser leais a si mesmos além de com seus alunos. Tentar incorporar um estilo de outro professor nem sempre funciona. Da mesma maneira, recusar-se a incorporar as características únicas dos alunos levará a uma instrução que é uma luta devido à falta de motivação e interesse.

    Não pense que você precisa reinventar sua personalidade de professor para ser eficaz. Você pode usar abordagens que lhe tragam alegria como educador, caso você possa encontrar uma forma de incorporar os interesses de seus alunos, as chances de ter resultados de sucesso crescem.

    Carla, uma nova professora, aprendeu a necessidade de ser autêntica com seus alunos e usar seus interesses para ajudar a alcançar seu objetivo final. (Os nomes dos professores foram alterados e alguns detalhes foram generalizados.) Ela era apaixonada pelo uso da arte para promover a discussão em sala de aula.

    Depois de várias tentativas fracassadas onde seus alunos eram provocados a discutirem obras de arte clássicas, ela entendeu que não era bem essa arte que os alunos gostavam e sim videogames. Para captar o interesse deles, ela os fez comparar e contrastar as imagens dos games e usou isso como foco de debate e discussão.

  2. Seja familiar: como professores, às vezes queremos testar todos os bons recursos que aprendemos. Entretanto, isso pode ser desafiador para nós e nossos alunos, principalmente, quando os testes são com avaliações e atividades. Existem muitas boas ideias por aí, e pode ser difícil não experimentar todas elas.

    Então, como encontrar o balanceamento entre testar novos recursos e não sobrecarregar seus alunos?

    No início do ano, faça uma pesquisa com seus alunos para descobrir quantos deles usaram ferramentas diferentes:
    - Flipgrid;
    - Google Forms;
    - Padlet;
    - Kahoot;
    - Jamboard;
    - Trello;
    - Socrative;
    - Minecraft.

    Peça-lhes para avaliar também seus níveis de frustração com as ferramentas. Isso permite que você saiba se uma ferramenta é nova para os alunos ou se encontra com muita resistência.

    O objetivo dessas pesquisas não é evitar nada que os estudantes considerem frustrante. É encontrar as ferramentas ou modos de avaliação em que os alunos se sentiram bem-sucedidos. Eles podem ser equilibrados com outras ferramentas e / ou servir como opções alternativas para outras atividades.

  3. Seja simples: quando se trata de aprendizado remoto, a simplicidade costuma ser a chave. O objetivo deve ser que todas as instruções sejam de fácil acesso, tanto para os alunos quanto para o professor. As tarefas podem ser tecnologicamente simples de serem concluídas, mas ainda exigem conhecimento profundo.

    Daniel é um professor de matemática do ensino médio e, ao invés de designar os alunos para trabalhar em um programa on-line (que exige várias etapas para fazer login), ele publica problemas para resolver em sua sala de aula on-line.

    Os alunos as completam, tiram uma foto e enviam. Isso é muito mais fácil para os alunos do que ter que aprender um novo programa. Os professores de matemática também podem pedir aos alunos que se registrem, explicando como resolveram um problema. Isso garante que eles saibam como deve ser resolvido e requer um entendimento profundo.

    Manter as coisas simples também pode melhorar a acessibilidade para alunos que não têm bom acesso a Wi-Fi e computadores. Um processo menos complexo, ou seja, simplificado pode permitir que os alunos seu trabalho e finalizem usando um smartphone, tablete ou notebook, se um computador de mesa não estiver prontamente disponível.

  4. Seja flexível: instrução flexível significa que os alunos têm a oportunidade de expressar sua compreensão de várias maneiras e que não há uma forma fixa de fazer a tarefa. Eles recebem escolhas e opções para mostrar sua compreensão gerando aos alunos uma sensação de escolha e controle no processo. Do ponto de vista instrucional, aumenta muito as chances de o trabalho ser finalizado com mais qualidade.

    Como isso pode ser feito na prática?

    Laura designou capítulos para os alunos lerem durante o aprendizado remoto. Após cada capítulo, eles tiveram que mostrar que entenderam o que aconteceu:
    a. Eles poderiam fazer um vídeo para explicá-lo
    b. Escrever uma linha do tempo.
    c. Isso pode ser feito usando o Google Docs;
    d. Os alunos podem escrever sua resposta e tirar uma foto.

    Na sala de aula, a flexibilidade parece muito semelhante no sentido de que os alunos sempre têm algum senso de escolha e vários meios para mostrar compreensão.

  5. Organize-se: as instruções são claramente descritas para os alunos e qualquer pessoa que os esteja apoiando. Deve haver uma lógica para a sequência das tarefas e por que elas estão sendo feitas:
    a. Criar infográficos e criar fluxogramas reduz a carga cognitiva de muito texto;
    b. Inserir hiperlinks nos documentos que permitem aos alunos clicarem para acessar o material.

    Thiago, um professor experiente, propõe que outra pessoa olhe para a sua configuração remota através das lentes de um aluno para garantir que esteja clara. É melhor se a pessoa não ensina a mesma área de conteúdo e ainda melhor se ela não é professora. Isso garante que o material seja organizado de uma maneira que faça sentido para qualquer pessoa que não esteja envolvida no cenário e temática.

  6. Seja conciso: Comunicação clara é o que precisa ser feito de uma maneira que sua audiência possa entender. Por que isso é tão crítico?

    Os estudantes estão sobrecarregados com instruções e tarefas que devem ser concluídas. Quando estamos com eles pessoalmente, podemos reforçar verbalmente o que precisa ser feito, mas isso nem sempre é possível no formato remoto. Sendo assim, torna-se ainda mais essencial manter as instruções extremamente claras. Isso também pode ser particularmente importante, pois o aluno pode ajudar alguém que não esteja familiarizado com a redação usada na sala de aula.

    Para ajudar na comunicação, as explicações em vídeo das tarefas geralmente são úteis, assim como os fluxogramas para enfatizar as etapas críticas. O uso de marcadores para reduzir a carga cognitiva da leitura de quantidades excessivas de texto também ajuda.

    Julia, professora do ensino médio, faz com que seus alunos aprendam com base em projetos. Ao dar instruções por escrito, ela também faz um vídeo explicando as instruções e analisando-as. Muitas vezes, seus alunos veem isso mais facilmente do que as próprias instruções.

    Nem todas essas estratégias serão possíveis em todas as atividades, avaliações ou designações. No entanto, quanto mais você usar, maior a chance de você e seus alunos terem sucesso nas interações e ao mesmo tempo pode aumentar o leque de opções.


                                - Prof. Fernando Novais


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