Por uma formação com base em competências

Encontre a solução perfeita para o desenvolvimento da aprendizagem com metodologias que fazem você a colocar a “mão na massa”.

2022-08-19 14:52:45 - Censupeg


Como construir um planejamento curricular para o melhor desenvolvimento do estudante e, deixá-lo seguro de si, confiante e pronto para a vida real? Por onde começar a intervenção no futuro de tantos estudantes? Algum dia, essas perguntas já te deixaram sem dormir ou com uma ansiedade incômoda? Se você respondeu, “sim”, quero te tranquilizar e apresentar uma ferramenta valiosa que pode ajudar a respondê-las: O desenvolvimento de competências. 

O que se busca é colocar o estudante como protagonista da sua própria aprendizagem, através de métodos ativos, que suscitem o desejo de aprender a desenvolver suas competências. É uma proposta humanista e construtivista.

Define-se uma competência como a aptidão para enfrentar uma família de situações análogas, mobilizando de uma forma correta, rápida, pertinente e criativa, múltiplos recursos cognitivos: saberes, capacidades, microcompetências, informações, valores, atitudes, esquemas de percepção, de avaliação e de raciocínio. (Perrenoud et al., 2002, p. 19)

O conceito de competência não é novo. Ele começou a ser discutido na área pedagógica a partir da década de 1990.

Perrenoud, no seu livro Pedagogia Diferenciada (1999), indica a construção de uma nova maneira de pensar a educação, o processo de aprendizagem e o cotidiano em sala de aula, ou seja, apresenta caminhos a serem estudados e trabalhado pelos professores.

Para Perrenoud, as competências referem-se ao domínio prático de um tipo de tarefas e de situações. Cita como exemplo, que se o professor quiser desenvolver o domínio prático da Matemática nas tarefas cotidianas dos alunos, precisa desenvolver suas habilidades numéricas. Para tanto, precisa introduzir conceitos sobre número, quantidade, agrupamento etc, que fazem parte do conjunto de temáticas que formam os conteúdos.

As competências não se opõem aos saberes, mas ao mero acúmulo de informações e de pré-requisitos como fim. O que se quer no desenvolvimento das competências, é o poder de raciocinar, negociar, procurar informações, formular hipóteses, argumentar, entre outras, que darão consistência suficiente aos programas escolares.

Essa mudança muitas vezes causa certo desconforto, porém, com a velocidade que as informações chegam, não há outro jeito, é necessário a quebra de paradigma, para que a educação possa alavancar.

É precisamente por isso que convém, de acordo com Perrenoud, incentivar o desenvolvimento das competências a partir da escola, trazendo para dentro das discussões os saberes formais e sua utilização em situações reais e concretas. Há uma necessidade forçosa de revisão dos currículos escolares para que possam ir ao encontro com as reais necessidades dos educandos, passando a sala de aula um espaço de reflexão, de análise, e superação das dificuldades.

O ensino por competências, é fundamental na criação de projetos, em atividades que envolvam desafios, resolução de problema, propiciando um tempo maior para que os alunos possam exercitar seus saberes e, principalmente, estarem preparados, seguros confiantes para ingressar no mercado de trabalho.

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Autora:
Prof. Lidiane Soares
Coordenadora do Núcleo de Ensino

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