Como fica o ensino superior pós pandemia?

2021-03-26 19:03:28 - Censupeg

Após a pandemia mundial todas as instituições de ensino tiveram que se tornar tecnológicas e virtuais do dia para a noite, algumas de forma muito bem orquestrada por já terem isso em seu D.N.A., por serem capitaneadas por grupos educacionais que trabalham com ensino responsável e de qualidade como por exemplo:

- Cogna;

- Anima;

- Uninter;

- Censupeg.

Outras instituições de ensino estão perdendo milhares de alunos por não conseguirem atendê-los com a excelência que faziam no formato presencial.

A educação perdeu seus rótulos, perdeu seu status, perdeu suas modalidades. A partir de 2020 as instituições de ensino tiveram que se transformar em instituições humanizadas de ensino apenas.

As modalidades, presenciais, à distância, híbrido, presencial virtualizado, ensino à distância com encontro presencial, ensino virtual com webinar semanal, ensino à distância com oficinas de aprendizagem, práticas de laboratório, virtual enriquecido, etc. São tantos formatos que o Brasil teve que adotar o que o mundo adota, ensino superior e pronto.

Os formatos e abordagens são livres e abertos para serem feitos, muitas vezes de acordo com a demanda de alunos e ficou claro que aquele formato presencial diário chegou ao seu fim. Nenhum curso em nenhuma faculdade no país tem espaço para essa abordagem antiga e ineficiente.

As instituições tiveram que assimilar em seus processos o que o mercado sempre quis, as competências do século XXI.

Essa é a linguagem que o mercado quer e a linguagem que o mundo precisa. O egresso de qualquer faculdade deve ter:

- Habilidade de solucionar problemas complexos: sabendo fazer uma análise de todos os fatores envolvidos, todos os dados, que são a nova moeda e devem saber tomar decisões de forma ágil.

Como: resolvendo problemas desde o início do curso, com propostas de PrBL: Problem Based Learning – aprendizagem baseada em problemas “reais”, abordagens que estimulem a criatividade para as soluções com Design thinking;

- Competências relacionadas ao empreendedorismo, para empreenderem na vida, na família, nas empresas que trabalharem, ou em suas próprias empresas, mas devem saber que empreendedorismo é muito mais que decidir fazer uma empresa, colocar no Canvas, fazer um pitch e encontrar um investidor no Shark Thank. É uma competência que se esse aluno for educado com situações vivenciais, projetos interdisciplinares, com práticas e ferramentas de comunicação e colaboração, ele vai empreender na vida.

Como: com propostas de PBL: Project Based Learning, aprendizagens por projetos em formato interdisciplinar, projetos envolvendo todas as disciplinas para solucionar ou lidar com situações reais de empresas, de preferência exigido por empresas, ou situações reais da comunidade, colocando o aluno em contato com problemas reais, desenvolvendo o pensamento crítico e profundo de que é preciso muita articulação para resolver uma problema social, mesmo que pontual;

- Competências relacionadas a reflexão sobre seus atos, sim! Todas as propostas colocadas aqui são exigências do mercado e o ser humano só aprende e evolui quando para pensar em seus atos e em suas experiências diárias, portanto é uma competência a ser desenvolvida na faculdade sim. Parar e aprender a escuta ativa em uma negociação, meditar, desenvolver o hábito de avaliar uma rotina, até que possa traçar uma. O planejamento que se ensina não pode ser apenas voltado ao mundo empresarial. O estudante precisa aprender a fazer o planejamento estratégico da própria vida. É a competência da autogestão que o mercado tanto quer, principalmente agora com a quantidade de líderes digitais em contextos de gestão remota.

Como: ensinando a traçar metas smart e criar seus próprios métodos para suas metas como diz o Coach Joel Jota autor do livro 100% presente. Uma empresa se forma por grupos e as habilidades desenvolvidas em grupos também são muito exigidas no mundo real, fora da escola, inteligência emocional para lidar com adversidades, com rejeições, é de uma sabedoria que pode ser exercitada em aplicações na faculdade;

Ter projetos interdisciplinares ou transdisciplinares é importante mas formar pessoas de forma humana em uma sociedade tecnológica é muito mais desafiador, portanto, não adianta estudar em uma instituição com milhares de alunos, onde o atendimento é feito por milhares de robôs.

“Os robôs não ensinam a sermos mais humanos, humanos ensinam a máquina a ser menos robôs”.

Talvez essa tenha que ser a maior preocupação das instituições de ensino, antes de qualquer competência exigida pelo mercado.

                                - Prof. Fernando Novais

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