Prof. Fernando Novais da Silva
“Preparem-se para a queda dos níveis de aprendizagem”. Pode parecer uma chamada pós apocalíptica, mas o fato é que desde 2018 o fórum mundial diz que psicologia seria o curso do futuro, não no formato atual, mas no formato profissional em si, como um curso que entende mais profundamente de neurociências e pessoas, muito demandado no século XXI. Será que eles previam a pandemia?
Com 9 em cada 10 alunos fora da escola em todo o mundo, uma paralisação global da instituição escola em uma escala sem precedentes, certamente que haverá impactos profundos e duradouros nas crianças, escreve Anya Kamenetz para a NPR .
Elas aparecerão tanto em métricas acadêmicas de longo prazo quanto em outros lugares, como saúde mental. Quando as escolas reabrirem por definitivo, os educadores serão confrontados não apenas com essa adaptação na aprendizagem em novos formatos, metodologias e locais, mas também com a “enorme variedade de experiências e prontidão que os alunos trarão”, diz Julia Rafal-Baer, COO da Chiefs for Change, em uma sessão de perguntas e respostas com a Education Next .
Uma maneira de os professores começarem a enfrentar alguns desses desafios, segundo Rafal-Baer, é criar planos de aprendizagem individuais para avaliar cada aluno e definir como atender às necessidades de aprendizagem, apoio social e emocional dos alunos. “Muitos estudantes entrarão nas escolas [..] seis meses ou mais após a última aula nas instalações da escola como antes, […] Os líderes terão que lidar com o que é expectativa versus realidade”, diz ela.
Nas escolas públicas americanas, os estados estão se organizando através de forças tarefas para a inclusão de tutores e mentores virtuais, uma data de início do ano letivo para seus alunos mais frágeis e a continuação de seu programa de aprendizagem híbrida. “Não vai ser perfeito, mas não deixaremos pedra sobre pedra em termos de fornecer suporte avançado de alto nível para estudantes que, se nada for feito por eles, voltarão a um nível que, francamente, será um constrangimento para este país e debilitante para os alunos. “
Do ponto de vista do Brasil, as adequações acontecerão com a mesma intensidade de preocupação dos Estados Unidos, mas não com os mesmos recursos e velocidade.
As Instituições privadas e de ensino superior já se reinventaram, enquanto as instituições estaduais e federais só decidiram em junho de 2020, que poderiam fornecer educação em ambiente virtual.
A preocupação é bem maior no que tange o ensino médio, fundamental e infantil, pois os planos estão sendo decididos com reduções de frequência ao local “escola” e esses lugares são conhecidos por serem os locais onde as crianças ficam quando os pais trabalham, esses locais também são conhecidos por serem os locais onde as crianças se alimentam.
Na Inglaterra, depois de um relato público de um jogador de futebol negro oriundo de uma pobre comunidade, o governo resolveu deixar a alimentação disponível por mais tempo mesmo sem as escolas não estarem funcionando.