As ferramentas digitais promovem o engajamento e interação do estudante nas aulas remotas e mensura suas atividades, atuações no encontro, registra sua presença e seus acessos. Com essas ferramentas é possível avaliar com qualidade, o nível de participação das experiências e troca desenvolvidas ao longo do encontro remoto.
Com as ferramentas é possível desenvolver os processos necessários para avaliar a qualidade da aprendizagem de alunos, como:
Identificação do aluno;
Rastreamento das interações com o material didático;
Identificação do padrão de comportamento cognitivo do aluno, a partir da observação de suas interações no ambiente virtual.
Abaixo, compartilho com vocês as seguintes formas de avaliação remota:
Kahoot – plataforma de aprendizagem baseada em jogos, pode funcionar de forma síncrona, no momento da aula, ou pode funcionar de forma assíncrona, antes da aula ou depois da aula, de acordo com a metodologia que o professor escolher. Os testes são objetivos, as atividades podem ser individuais ou em equipes, é gratuito e gera um relatório no final da atividade.
Socrative – plataforma de aprendizagem que também funciona em formato de quizzes, entretanto, as perguntas podem ser mais longas. Possibilita testes mais complexos, perguntas maiores, muito usado em aprendizagem por pares, possibilita a mudança da sequência de respostas, possibilita cálculos matemáticos e as atividades podem ser individuais ou em equipes, é gratuito e gera um relatório no final da atividade.
Mentimenter – plataforma de aprendizagem mas sucinta, com apresentações com feedback em tempo real com vários formatos como: núvem de palavras e frases, questionários, gráficos, participação anônima ( gosto de dizer inclusiva) dos alunos, escalas, rankings, etc. Os testes são objetivos, as atividades podem ser individuais ou em equipes, é gratuito e gera um relatório no final da atividade.
Flipgrid – semelhante ao processo popular de criar um vídeo de reação do YouTube para um determinado assunto ou notícia.
Chat (bate-papo) – espaço de encontros virtuais em grupo para discutir tarefas, construir texto, rediscutir projetos, realizar trabalhos ou promover intercâmbios de ideias sobre algum tema.
Google forms ou Forms da Microsoft– formulários personalizados para pesquisas e questionários.
Os formulários ou questionários que essas ferramentas possibilitam, nos possibilitam também aplicar o CAT – Classroom Assessment Techniques – Técnicas avaliativas com formulários. Exemplos:
Papel minuto – no final da aula, o aluno escreve sobre o que foi mais significativo na aula, ou sobre o que ele menos entendeu na aula.
Paráfrase dirigida – solicitar aos alunos “uma tradução” do que acabaram de aprender ou sobre o material enviado nos estudos prévios.
Resumo em uma frase: Estudantes resumem a ideia de um tópico através da construção de uma única frase que responde às perguntas “quem faz o quê a quem, quando, onde, como e por quê? ”. O objetivo é exigir que os estudantes selecionem apenas as características definidoras de uma ideia.
Placas de aplicações – Depois de ensinar sobre uma teoria, princípio ou procedimento, pedir aos alunos para escreverem pelo menos uma aplicação no mundo real para o que aprendeu.
As atividades assíncronas requerem avaliações mais críticas, mais reflexivas, argumentativas, pessoais, para que o aluno exponha o que ele é, sobre o que ele conhece. Neste momento, não despreze as competências que você deseja desenvolver nos alunos com suas aulas e, principalmente, a taxionomia de Bloom.
Mapas Cognitivos ( Coogle ) – utilizados para construir pesquisa de informação, construir conhecimentos e facilitar a aprendizagem.
Memorial (utilize o evernote ) – instrumento de caráter pessoal que permite refletir e registrar o ocorrido, impulsionando o aluno a investigar a própria ação por meio do registro e análise sistemáticas de suas ações e reações.
Blogs (Diários de bordo, diários reflexivos, diários de campo) – instrumentos utilizados para registrar as observações efetuadas, as situações que se destacaram.
Fóruns de Discussão – favorece a reflexão e a elaboração das participações, possibilitando maior qualidade e aprofundamento.
Avaliações dissertativas/descritivas estilo ENADE: Questões que avaliem a capacidade de síntese ou análise, de relação e inter-relação, de comparação e organização, de crítica e justificativa.
As habilidades digitais dos professores devem ser superiores às dos alunos? Sim, afinal, somos professores, tecnológicos em meio a uma transformação digital. Nós somos responsáveis por nosso desenvolvimento e por proporcionar as melhores experiências de aprendizagem possíveis para os alunos, com os recursos que tivermos.
Os gestores das IES – Instituições de ensino superior já sabiam que precisava acontecer essa atualização, que era preciso ousadia, mudança de atitudes, inovação, mas, de modo geral, procrastinaram.
“Gestores, invistam no professor e façam, rapidamente, as mudanças institucionais que são necessárias. Professor, desenvolva competências digitais.”
Fábio Reis – Diretor de Inovação e Redes do Semesp, Presidente do Consórcio Sthem Brasil e professor do Unisal.
Agora, corremos o risco de sermos atropelados pelo “novo normal” e ficarmos sem rumo e sem estudantes em nossas salas de aula, que eu chamo de “Laboratório de aprendizagem”.