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5 dicas para o professor recuperar a autoridade na sala de aula

Prof. Fernando Novais da Silva

Para o professor recuperar a autoridade em sala de aula é preciso uma série de situações interdisciplinares acontecerem e que todos os envolvidos nesse ecossistema de liderança – ensino e aprendizagem se compreendam como elementos responsáveis pelos seus papéis e suas responsabilidades.

A obediência e a submissão já não são um tema central quando se fala das relações professor-aluno e pais-filhos. As relações passaram a ser negociadas. Dando espaço para abordagens cada vez mais abertas aproveitando as vantagens e oportunidades da contemporaneidade e não o oposto.

Postura do professor

É importante ressaltar que um dos papéis do professor é o de líder dentro da esfera educacional, quando se questiona a autoridade de um professor entende-se que possa ter algum problema em seu comportamento diante de situações de tomada de decisão e orientação ou diante de sua falta de profundidade didática no contexto acadêmico.

Quando se propõe a discussão sobre autoridade do professor, necessariamente se deve remeter a questões voltadas para os objetivos da educação. A autoridade do professor está vinculada aos processos de aprendizagem que vão além de considerações a respeito de sua área de conhecimento.

Quando são propostos caminhos, estratégias e objetivos para a educação, entende-se que os professores estejam a serviço de formação integral do estudante nos termos em que são apresentados nas diretrizes básicas para a educação nacional. Abordando dentro da função de educar, aspectos como:

Cuidar;

Respeitar;

Acolher;

Ouvir o aluno;

Encorajar do aluno;

Apoiar ao aluno;

Estimular a transformar do aluno em um ser crítico, pensante, questionador;

Ensiná-lo a pensar antes de agir;

Ensiná-lo que cuide de si e do ambiente que está inserido;

Conscientizá-lo sobre o impacto de suas ações em todo o planeta.

Educar é, enfim, enfrentar o desafio de lidar com pessoas, isto é, com indivíduos tão imprevisíveis e diferentes quanto iguais, considerando que o mundo está em constante evolução e cada vez mais aumentando o nível de complexidade e profundidade nos mais diversos aspectos e temáticas.

Estes aspectos geram clareza no entendimento de todos acerca da postura a ser adotada pelo professor, “uma postura mediadora”, onde direitos e deveres precisam ser explicitados desde o início da relação.

A ação do ensinar e aprender

No primeiro momento da relação professor – aluno, cabe às duas esferas a criação desse novo relacionamento, mas considerando que ao professor é responsável pela maioria das iniciativas e provocações.

Aos estudantes, os momentos iniciais da relação educacional são de aguardo, de expectativa, de que aquele professor não seja mais um.

Diante desta dualidade é preciso estabelecer a conexão de ambos com o professor dando o tom da relação, traçando as diretrizes para garantir a equidade no aprendizado. O professor que alcança autoridade perante seus alunos é aquele com maturidade, autoconhecimento e inteligência emocional que sabe de suas potencialidades e de seus limites, que avalia permanentemente suas ações, sabe compreender situações equivocadas e se desculpar caso necessário diante de desafios cotidianos.

Em síntese, toda autoridade útil de um professor emana naturalmente da boa relação com seus alunos, tornando-o um modelo e um líder natural, influenciando positivamente seus estudantes no desenvolvimento da própria identidade.

Pode-se considerar que a autoridade do professor se estabelece a partir do momento inicial da relação e seu formato, de suas competências na área de conhecimento e na capacidade de enfrentar situações que exigem criatividade e atitude reflexiva.

Para lidar com as situações referentes a autoridade em sala de aula listo 5 dicas que, em se tratando de abordagens, pode transformar a vida de um professor:

1 – Ter um bom plano da aula

Quando se fala em plano da aula, não diz respeito apenas ao planejamento do currículo que deve ser abordado de acordo com o projeto, político pedagógico do curso ou série dependendo da faixa etária que se trabalha, do objetivo daquela aula, ementa que deve ser usada, com a determinação de livros e autores, ou competência a ser desenvolvida.

Ter um bom plano de aula significa se antecipar aos fatos que irão acontecer com aquele número de alunos, daquela faixa etária, daquele período, daquela determinada disciplina, entendendo as abordagens possíveis que podem e devem ser feitas naquele ambiente físico e com os recursos pré estabelecidos de acordo com o que a estrutura da escola pode oferecer, naquele espaço de tempo.

É o famoso “pássaro na mão”, conseguir extrair e usar tudo que eu tenho em mãos no momento da aula.

2 – Ser um professor mediador

Mediador é uma palavra antiga no meio acadêmico, mas não o mediador ponte, é o mediador que não permanece inerte e interliga os extremos, é o mediador que interage e constrói um todo significativo.

Como ensinar e aprender é um processo de duas mãos em que há uma interação entre os papéis onde quem ensina também aprende e quem aprende também ensina. A mediação pode acontecer trabalhando com temas, com perguntas e respostas, discussões que envolvem recursos diversos, aproximando ao máximo o aluno de contextos da realidade, levando o aluno à reflexão.

3 – Dar autonomia ao aluno

Dar autonomia ao aluno é uma das principais práticas da heutagogia que funciona para o ensino nessa demanda digital. Onde a possibilidade de utilização de ferramentas tecnológicas pode trazer a personalização das experiências de aprendizagem além da experimentação e rápida comunicação de indivíduos separados por tempo e espaço.

4 – Fazer com que a aprendizagem tenha significado

Aprendizagem autêntica é uma das temáticas que se destaca propor significado ao que se aprende ancorando novas informações a conceitos que já existem, esse ciclo também pode ser mediado por meio de tecnologia mas se relaciona com a experiência que esse aluno vai ter durante o momento de aprendizagem.

5 – Aulas práticas

As atividades educacionais aplicadas a contextos reais ou hipotéticos com elementos de uma realidade específica que faça sentido para os alunos, lhes permitem vivenciar a aprendizagem por experiências, ou o aprender fazendo, ou aprender na prática, ou movimento maker ou Learning by doing, todos esses termos são usados para falar de aprendizagem experiencial. Assim como o uso de jogos de tabuleiro em sala de aula ou fora dela.

A prática e o significado estão muito ligados, mas quando eu digo prática, não quero dizer apenas, usar uma tecnologia, considero o uso do corpo, o uso do movimento, a neurociência explica que o comportamento motor está diretamente ligado a aprendizagem.

Dentro do contexto escolar o professor é o responsável pela condução dos estudantes aos possíveis resultados de acordo com as características e recursos de determinado ambiente, entretanto cabe a ele propor novos formatos e metodologias deixando o ambiente cada vez mais próximo da realidade proporcionando ao aluno experiências memoráveis e o real desenvolvimento cognitivo.

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