Prof. Fernando Novais da Silva
Já não é de hoje que o assunto “metodologias ativas” é discutido nas reuniões de professores, quando aparecem as perguntas:
a) Como vamos fazer para engajar os alunos em sala de aula?
b) Como vamos fazer para tornar esses alunos protagonistas na sala de aula?
O estudo sobre como melhor construir um projeto de Metodologias Ativas, sobretudo por meio do uso de tecnologias digitais no processo de ensino e aprendizagem, não é recente.
Pesquisas atuais nas áreas da educação, psicologia e neurociência comprovam que o processo de ensino e aprendizagem é único e diferente para cada ser humano, e que cada um aprende o que é mais relevante e que faz sentido para ele, o que gera conexões cognitivas e emocionais.
As Metodologias Ativas englobam uma concepção do processo de ensino e aprendizagem que considera a participação efetiva dos alunos na construção da sua aprendizagem, valorizando as diferentes formas pelas quais eles podem ser envolvidos nesse processo para que aprendam melhor, em seu tempo, em seu ritmo e em seu próprio estilo.
Pensando nisso, após a reflexão sobre o uso de metodologias ativas para engajar esses alunos e torná-los protagonistas, é importante colocar as propostas no currículo escolar.
Para essas novas propostas, é preciso considerar os dois elementos fundamentais:
1 – O novo papel do professor que conduz a uma atividade didática privilegiando as Metodologias ativas;
2 – O novo papel do aluno que deixa de ser um mero ouvinte e começa a ser mais provocado e desafiado de forma que ele tenha que buscar os componentes de formação através de projetos, jogos, e diversas atividades práticas e significativas
Para construir um projeto de metodologias ativas para o ensino é preciso antes de mais nada saber o objetivo do projeto de aprendizagem, normalmente direcionado à competência que será desenvolvida naquela determinada disciplina. Com essas determinações bem claras, coloco abaixo oito passos para auxiliar na elaboração do projeto:
#1 – Inverta o tradicional
Flipped classroom é uma metodologia que inverte a sala de aula, ou seja permite que seja feita antes da prática a abordagem teórica, mas não em sala de aula. Dessa forma os alunos chegam para a aula já com sede de aplicação, pois já receberam o conteúdo teórico antes. Pode ser feito em casa ou pode ser separado um tempo da aula para essa leitura;
#2 – Use ludicidade
Não significa transformar as aulas em jogos, mas sim incorporar alguns elementos de jogos no seu projeto;
#3 – Deixe a aula prática
O aluno se movimenta para fazer, literalmente. A neurociência explica que o comportamento motor está diretamente ligado à aprendizagem. Essa técnica também é conhecida pelos nomes hands on e movimento maker;
#4 – Use materiais visuais
Use Checklists, planilhas, cronogramas, calendários para que os alunos entendam etapas e processos do projeto visualmente;
#5 – Adapte
As pessoas são diferentes e em grupo elas evoluem com o ecossistema, entenda essa velocidade para fazer adaptações no projeto, o projeto é ativo e vivo;
#6 – Premie os alunos
Um dos elementos de gamificação que não pode faltar em hipótese alguma são os BADGES: selos, ou pequenos prêmios, simbolizam a uma conquista;
#7 – Trabalhe com times
Uma das competências mais importantes para serem desenvolvidas em alunos é a habilidade de lidar com o outro, ou seja, colaboração;
#8 – Desenvolva o empreendedorismo
À medida que os alunos entendem o projeto como deles, eles adquirem o sentimento de propriedade e o senso de responsabilidade, características alicerces para empreendedorismo;
A aprendizagem deve ser ativa e significativa, deve ser autêntica, portanto, o projeto deve ser desenhado de modo que faça sentido participar e executar. Sendo assim, quando for planejado deve ter os elementos relacionados a realidade dos alunos.
Saiba mais em nossas redes sociais
