Censupeg há 1 ano
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Descubra os 4 pilares básicos para a aplicação de uma aprendizagem eficaz


As experiências educacionais atualmente estão utilizando o conceito de competência para entender e desenvolver o currículo, dirigir o ensino, organizar a aprendizagem das atividades dos alunos e enfocar o sistema de avaliação. Representa uma forma de competências capazes de colocar em prática o conhecimento aprendido nas aulas, em instruções úteis e eficazes para a vida.

Mas como aplicá-las adequadamente e evidenciar a sua importância para o desenvolvimento na vida pessoal e profissional?

A organização dos planos de ensino por competências pretende consolidar o que se aprende, lhe dando algum tipo de funcionalidade. Pensar e estruturar uma formação de acordo com elas é buscar uma educação que trabalhe desafios vinculados às demandas do mundo profissional. Criar e desenvolver o currículo com referência às aptidões é enfatizar o êxito do que se diz querer conseguir. Declarar ou pedir que o acadêmico seja qualificado no uso de uma competência é propor um ensino obrigatório a todos, sendo que devem alcançar a tal “competência” a ser desenvolvida. Sempre que se utiliza nesse sentido se está formulando os objetivos ou metas da educação.

Com essa perspectiva, se deduz que utilizar as competências no discurso educacional é optar por um uma forma de entender os problemas, de ordená-los, condicioná-lo a saber e resolver.

Em 1996, Jacques Delors, ex-presidente da Comissão Europeia, elaborou outro relatório para a UNESCO (Educação: um tesouro a descobrir), em que se traça o perfil de um sistema educacional mais humanizado, democrático e solidário, que combate o fracasso escolar. Baseado em uma aprendizagem de qualidade para o que se requer uma reformulação dos diferentes níveis educacionais, o relatório propõe como orientação do currículo em quatro pilares básicos: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Veja abaixo como as orientações se explicam:

  • Aprender a conhecer: O professor precisa ter a competência de tornar prazerosa o ato de compreender, descobrir ou construir o conhecimento. É a motivação, o interesse nas informações. Sendo assim, o aprender a conhecer exercita a atenção, a memória e o pensamento.
  • Aprender a fazer: É quando o estudante vai além do conhecimento teórico e entra no setor prático, ou seja, faz conexões com os problemas reais. Aprende a lidar com situações do trabalho, consegue trabalhar em equipe, desenvolve habilidades importantes para o seu dia a dia.
  • Aprender a viver com os outros: Essencial à vida humana. É necessário aprender a compreender o próximo, desenvolver uma certa sensibilidade, estar pronto para gerenciar crises e participar de projetos comuns. Entender que o outro é diferente e saber lidar com as diversidades; ir, além disso, e lidar com objetivos comuns no qual todos passaram a fazer parte de uma mesma ação, e poder conduzir este trabalho aceitando as diferenças individuais é o que melhora a vida social.
  • Aprender a ser: É aprender a desenvolver o pensamento crítico, criativo e autônomo. Alçar o crescimento de conhecimentos, além de ter em mente um sentido ético e estético perante a sociedade. Isto é aprender a ser.

Diante dos quatro pilares, o enfoque por competências motiva uma infinidade de experiências de formação nos estudos dirigidos a profissões e postos de trabalho reais, também, é a referência para desenvolver experiências pedagógicas, o ensino centrado na resolução de problemas, o estudo de casos, a simulação da tomada de decisões, os projetos interdisciplinares, e entre outros. Na Faculdade CENSUPEG, além do enfoque por competências se apresentar na matriz curricular dos cursos de graduação, esse método é aplicado na disciplina PIPA - Projeto Inovador Profissional de Aprendizagem. 

Para as instituições de ensino superior cabem o papel de ser um espaço para a ciência, para a pesquisa e para a investigação. Já os cursos de graduação devem estar alinhados com conteúdos que o façam refletir sobre o mundo do trabalho; a educação deve estar pautada à situações que os conhecimentos sirvam ao longo da vida. Nesta lógica, a IES (Instituição de Ensino Superior) tem como missão, intelectual e social formar profissionais com princípios de igualdade e oportunidade. Portanto, o ensino e a aprendizagem, na abordagem por competências, devem ser focados para descobrir os modos habituais de interpretar dos estudantes nos âmbitos da realidade que estão inseridos, e ajudá-los a questionar, ampliar e reconstruir tais modos de interpretar.

O professor tem uma tarefa fundamental neste meio:

"A tarefa mais fundamental do professor, portanto, é semear desejos, estimular projetos, consolidar uma arquitetura de valores que os sustentem e, sobretudo, fazer com que os alunos saibam articular seus projetos pessoais com os da coletividade na qual se inserem, sabendo pedir junto com os outros, sendo, portanto, competentes." (Perrenoud, 2007, pág. 50)

Sabe-se que a aprendizagem envolve e implica os conhecimentos. Na verdade, toda aplicação de conhecimento é uma nova ocasião para aprender. O conhecimento deve ser entendido como ferramenta privilegiada de atuação e compreensão. Para que seja desenvolvida a competência, é necessário que o acadêmico coloque, em prática, os conhecimentos, as habilidades, e as atitudes.

"Precisamos manter aceso o desejo de nos aprimorarmos como profissionais e, por conseguinte, de estabelecermos estratégias que possibilitem o desenvolvimento de nossas competências. É dessa maneira que podemos suscitar em nossos alunos o desejo de aprender e o desenvolvimento de suas competências." (Perrenoud, 2007, pág.61)

Trabalhar um currículo, que seja organizado para facilitar e estimular a aprendizagem de competências, proporcionará ao acadêmico uma aprendizagem ativa do conhecimento útil para a vida.

As competências devem ser compreendidas a ponto de ajudar na percepção das complexidades do mundo real, e agir sobre eles, entendendo as relações e interações entre as partes e com o coletivo. O currículo deve atender as dimensões do desenvolvimento pessoal e ser um documento oficial e guia para as práticas pedagógicas. Esse documento deve colocar o acadêmico como protagonista da sua aprendizagem, diante de situações desafiadoras, diante das quais, a primeira tarefa seja buscar o conhecimento adequado e relevante, entendê-lo e enfrentá-lo.

Quer entender como um curso organizado por ciclos de competências pode ser importante na conquista para o sucesso profissional? Assista a palestra: “ConectAtivos Aproxima: A Importância da Formação Acadêmica por Competências para o Sucesso Profissional.”, e entenda como a Faculdade CENSUPEG forma profissionais com uma aprendizagem ativa, construindo e desenvolvendo competências úteis para o mundo real.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=dTzdlYse1Yw&t=9s


Rerefências Bibliográficas:

  • PERRENOUD, Philippe. As competências para ensinar no século XXI [recurso eletrônico]: A formação dos professores e o desafio da avaliação / Philippe Perrenoud ... [e tal.]; tradução Cláudia Schilling, Fátima Murad. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2007.
  • EDUCAÇÃO UM TESOURO A DESCOBRIR. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI.


Autora:
Profa. Lidiane Soares
Coordenadora do Núcleo de Ensino

Curso Censupeg

PEDAGOGIA

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