Um estudo recente, que revisou 170 pesquisas realizadas em diferentes contextos e países, revelou uma forte associação entre esforço mental e sentimentos negativos. Apesar do trabalho intelectual muitas vezes ser voluntário e recompensador, a pesquisa sugere que ele tende a ser percebido como uma atividade aversiva, independentemente da natureza da tarefa ou do perfil da população estudada.
Embora o artigo associe o "pensar demais" a situações causadoras de ansiedade e estresse, é importante destacar que não há uma ligação direta entre pensar e dor física. O que ocorre é uma associação entre a carga estressante de atividades cognitivas sem reforço positivo ou sem condições significativas, que pode levar a desconfortos físicos como consequência de efeitos psicológicos acumulados.
Esses achados reforçam questões discutidas no campo da educação e do desenvolvimento de softwares. Recompensas, como estímulos visuais ou sonoros, são sugeridas como uma possível estratégia para aliviar o desgaste mental associado a tarefas cognitivas intensas. Ao mesmo tempo, o avanço da Inteligência Artificial abre novas possibilidades de automação dessas atividades, o que pode modificar nossa relação com o esforço e a recompensa gerados por essas tarefas.
Confira a reportagem completa publicada pela CNN Brasil sobre o impacto do "pensar demais" na saúde mental e bem-estar. Clique aqui.
Autor:
Prof. Me. Vitor da Silva Loureiro
Professor da Pós-graduação em Neuropsicopedagogia Institucional da Faculdade CENSUPEG e membro do LIEENp