Antes de colocarmos em prática a mágica da ética profissional, independente da área de atuação, é importante estabelecer o que entendemos por ética.
O professor é aquela pessoa que deve ser admirada, respeitada, prestigiada, notada por seus alunos, colegas e principalmente pela sociedade. Uma profissão tão nobre requer, além das competências necessárias para exercer a função, algo muito importante que chamamos de ética. Essa palavra mágica precisa sair da teoria, do dicionário e fazer-se valer em ação, para que assim cada prática e cada fala desse profissional tão importante contribua para um mundo melhor.
Aristóteles foi o primeiro filósofo a nominar o termo ética, que considerava como uma forma de harmonizar o convívio coletivo e eliminar as desigualdades. Neste sentido, o professor tem a obrigação, já durante sua formação, de aprender os diversos sinônimos da palavra na sua prática diária, propondo combinações perfeitas, em saber ouvir, filtrar, repassar, cuidar, do que lhe é dito, confiado e confessado.
Nos estudos de Antônio Lopes de Sá (2001, p.175), estas são as virtudes básicas para exercer bem a profissão:
• Exercício do Zelo - requer que, mesmo em situações extremas, em que aparentemente a solução é muito difícil, o profissional tem que primar pelo empenho e a responsabilidade profissional.
• Honestidade – o profissional recebe a confiança daquele que utiliza seus serviços, por isso ser honesto significa ter responsabilidade perante o bem e a felicidade de terceiros.
• Virtude do sigilo – quando o profissional tem conhecimento de um fato, por meio de suas atividades, tem o dever de manter o sigilo. Isso determina um comportamento moral sobre fatos de terceiros.
• Virtude da Competência – A competência é importante para a credibilidade do profissional e, por consequência, evita cometer erros que possam causar danos aos envolvidos na atividade profissional, que é desempenhada pelo profissional a que foi confiado.
O professor, que quer ser admirado, respeitado, contemplado, pelo seu meio, precisa aprimorar essas virtudes mencionadas pelo autor, quanto mais envolvido, ético, responsável, mais confiança e reverência alcançará ao seu redor.
A honestidade é uma qualidade fundamental naquele que está à frente, liderando, ensinando, compartilhando o que sabe. Essa virtude jamais pode faltar neste profissional. Quando é estudante, precisa estar consciente que precisa ter uma boa formação, estudar, aprender a escrever corretamente, a falar, a ter boas maneiras, afinal, muito em breve, estará à frente daqueles que vieram aprender algo, aqueles que confiam no seu potencial. Não se pode decepcionar o estudante, os pais, os profissionais que acreditam no seu trabalho.
O sigilo é algo muito importante, pois demonstra confiança entre aluno e professor. Este, muitas vezes, sabe de situações muito intimas e reais de seus estudantes, familiares, colegas, entretanto precisa manter o sigilo de muitas informações para não prejudicar, expor, revelar coisas que não poderiam escapar.
A competência determina a importância do trabalho do professor, se ele tem conhecimento, habilidade e atitude, no que está se propondo, automaticamente o aluno estará satisfeito, porque encontra segurança, proteção, tranquilidade naquele que está ensinando.
A ética deve caminhar lado a lado com o fazer docente, a pessoa, professor, determinando que este profissional sempre precisa estar atualizado em relação às práticas da profissão.
Conforme o autor (SÁ, 2001, p. 195), “o conhecimento é algo que se deve exercer com imenso amor e abrangência. Um bom profissional precisa dominar a história de seu ramo, a doutrina científica, a filosofia e toda a tecnologia pertinente às tarefas que executa, atualizando-se sempre em todos os aspectos”.
Você já parou para pensar se os atributos descritos pelo autor fazem parte da sua prática profissional? Vale lembrar que o trabalho é um dos meios de realização da dignidade do ser humano, não somente pela parte financeira, como também por ser um meio de realização da construção de uma sociedade. De acordo com o artigo 1º da Constituição Federal, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são fundamentos do Estado. Dessa forma, entendemos que o profissional consciente, que atua com ética, dá total importância ao plano social da profissão.
Agora, chega de “teoria”, que tal colocar em prática o que, até aqui, entendemos por ética? Vamos lá, mãos à obra.
Autora:
Prof. Lidiane Soares
Coordenadora do Núcleo de Ensino
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