Censupeg há 1 ano
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Entenda o que está por trás do aprendizado do estudante adulto


É necessário, enquanto professores, pensar cada vez mais em formas de aproximar os estudantes de conteúdos que sejam relevantes e tenham qualidade. A atuação docente precisa ter conexão das disciplinas que ministram com os interesses dos estudantes. E, ainda mais, a prática pedagógica precisa levar o acadêmico ao desenvolvimento do pensamento crítico. Desta forma, é importante pensar na seguinte questão: O professor realmente está ensinando o estudante a aprender? Ou está preocupado em ensinar?

Convidamos você a mergulhar nessa reflexão.

Afinal, quando o estudante adulto aprende?

Segundo Paulo Freire, referência da pedagogia mundial, “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.”

Nós adultos estamos em constante aprendizado, isso é um fato, mas há algo por trás desta realidade que é importante pararmos e analisarmos. À medida que nos interessamos pelo conteúdo, aprofundamos nossos conhecimentos e, de uma certa forma, escolhemos aprender. Assim é o adulto, ele aprende quando o conteúdo faz sentido para a sua vida. Precisa estar motivado, empenhado, curioso, envolvido com as propostas que serão desenvolvidas em sala de aula. Uma dica importante para o sucesso da prática é o professor conhecer seu estudante, sua história, suas experiências de vida, entre outros. Isso pode tornar sua aula fascinante.

A aprendizagem de um novo conteúdo precisa se relacionar com o que o aluno já sabe, ou seja, é preciso considerar seus conhecimentos prévios. Dessa forma, é possível organizar as informações e integrá-las às estruturas mentais cognitivas já existentes, desenvolvendo um sentido mais concreto ao novo conteúdo adquirido, pois atua como uma ancoragem. Sem esse processo, o novo conhecimento é armazenado isoladamente, sem relação com a estrutura do aluno e sem atribuição de sentido, tornando a aprendizagem mecânica e repetitiva, dificultando a assimilação.

Já quando envolvemos as experiências dos estudantes, favorecemos uma aprendizagem significativa. Muitas vezes, eles voltam a estudar para serem promovidos no trabalho, para conseguir um emprego, para ajudar em casa, enfim, há inúmeras possibilidades, concorda? Esses alunos querem que as aulas sejam úteis para o seu crescimento pessoal e profissional. O conteúdo aprendido em sala é importante quando serve para ser aplicado na vida, trabalhando com situações reais, resolvendo problemas cotidianos, que desencadeiam realmente o interesse.

Depois que se entende o conceito de aprendizado do estudante mais maduro, a sala de aula flui sem esforço. Para que a aula se torne interessante, o professor poderá envolver os estudantes na escolha dos temas, na construção de projetos e propostas a serem desenvolvidos. A ideia é que a aprendizagem seja centrada no estudante. Ele deve ser o protagonista do conhecimento. O professor deve estar aberto ao diálogo, trazer situações que despertem a curiosidade, a indagação.

A partir da década de 90, começou-se a desenhar um novo formato de aprender e ensinar. A globalização exaspera a competitividade no mercado e as pessoas buscam uma melhor colocação profissional. A tecnologia da informação e da comunicação, também passam a ocupar um papel significativo na vida das pessoas.

Cabe ao professor do século XXI, adaptar-se a essas mudanças e tornar-se um mediador, orientador neste novo formato. Exige-se que detenham novos saberes, além do conhecimento técnico, conhecer a tecnologia digital, gamificação, interação e bom relacionamento interpessoal.

Diante desta reflexão, compreendemos então, que para ter sucesso na caminhada é necessário focar na aprendizagem do estudante, que deverá desenvolver a autonomia motivada pela satisfação do aprendizado. O ambiente de aprendizagem, deverá gerar equidade, respeito mútuo e cooperação. Essa aprendizagem deve ser baseada em experiências.

Para finalizar, é importante também entendermos sobre o mercado de trabalho atual, pensando, ainda, no fato do estudante buscar o aprendizado para aprimorar seus conhecimentos e ter sucesso na busca por um emprego. Quais fatores são relevantes neste pensamento? Devemos pensar que, hoje, o mercado de trabalho exige cada vez mais a preparação de mão de obra qualificada. Desta forma, o que nos resta é estudar, sempre.

O ensino por competências, propõe levar o estudante a pensar, refletir sobre sua própria realidade, contextualizando com temas desenvolvidos em sala de aula e assim, formar um profissional pronto para o mercado de trabalho.

Para o estudante, é importante conhecer sua necessidade, ou seja, sua determinação para querer aprender e atingir seus objetivos. O segundo passo é criar uma estratégia de recursos para alcançar os objetivos de aprendizagem. O professor será o incentivador neste processo.

É importante lembrar o estudante que a aprendizagem dependerá da sua iniciativa, do seu esforço e disciplina. É, literalmente, colocando a mão na massa que aprendemos, ou seja, experimentando e, simplesmente, fazendo.

Concluímos então, que o estudante adulto é o elo entre a instituição de ensino e o processo de aprendizagem.

Lembre-se! É importante que você, professor, não ocupe sozinho o palco desse processo, mas continue sendo essencial para a caminhada educativa. Você é o maior parceiro da instituição. Por via das dúvidas, estude, seja curioso, dialogue, leia muito, pesquise, motive-se, e inspire-se em si mesmo. Desta forma, você construirá um espelho diante de si, que motivará a aprender continuamente.

Chegou a hora de investir em você. Seja um profissional de referência no mercado de trabalho, não pare de estudar, aprimore seus conhecimentos conosco. Matricule-se e confira seu crescimento pessoal e profissional. Acesse: https://censupeg.com.br/cursos

Autora:
Prof. Lidiane Soares
Coordenadora do Núcleo de Ensino

Curso Censupeg

LETRAS LÍNGUA PORTUGUESA

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