No cenário atual do mercado de trabalho, um diploma não mais representa a única necessidade, concorda? O domínio prático daquilo que se aprendeu tornou-se igualmente essencial. Para alcançar esse objetivo, recorremos às diversas facetas das nossas inteligências, segundo o autor Howard Gardner na obra “Frames of Mind: The Theory of Multiple Intelligences”: a lógico-matemática, a linguística, a interpessoal, a intrapessoal, a espacial, a corporal-cinestésica, a musical, a naturalista e a existencial.
Neste contexto que nos cerca, não podemos subestimar a relevância da inteligência emocional em nossas múltiplas atividades. No entanto, é crucial reconhecer que, para desenvolvê-la plenamente, é necessário compreender o seu significado e porque desempenha um papel tão fundamental em nosso convívio diário.
Embora muitos acreditem que a inteligência emocional se restrinja ao controle das emoções, seu alcance vai muito além dessa perspectiva. A concepção de inteligência emocional teve origem nos anos 1990 e ganhou popularidade com o livro de Daniel Goleman, "Inteligência Emocional", lançado nos Estados Unidos em 1995.
A inteligência emocional pode ser conceituada como a capacidade de reconhecer e avaliar nossos próprios sentimentos, bem como a habilidade de lidar e gerenciar essas emoções. Aqui, o termo chave é "gerenciamento", ao invés de "controle". Percebe? A inteligência emocional abrange não apenas a compreensão e identificação de nossas próprias emoções, mas também a sensibilidade para reconhecer as emoções dos outros.
Vale ressaltar que, como seres humanos, somos biopsicossociais, logo, aspectos corporais, psicológicos e sociais nos influenciam a todo momento. A inteligência emocional entra em ação justamente ao contemplar todos esses fatores em sua abordagem.
Temos emoções que se manifestam por meio de alterações fisiológicas (biológicas). Interpretamos essas emoções como sentimentos, o que nos motiva de maneira variada, dependendo da situação (psicológicas). Essa variação de respostas emocionais influencia nosso comportamento em ambientes sociais, moldando ações diferenciadas em nosso convívio, seja expressando nossas próprias emoções ou identificando as emoções alheias (sociais).
É importante entender que a inteligência emocional não é inata. Ou seja, não nascemos com essa forma de inteligência já desenvolvida, mas é algo que pode ser cultivado ao longo da vida. Assim como qualquer habilidade, a inteligência emocional pode ser aprimorada e aprendida. Para isso, é valioso ampliar o conhecimento sobre emoções e a interação mente-corpo, permitindo um melhor gerenciamento das emoções no cotidiano e uma sensibilidade aprimorada para perceber as respostas emocionais dos outros com empatia.
E como isso se relaciona com sua carreira e o mundo profissional? Vamos retornar ao início: no mercado de trabalho atual, não se busca somente conhecimento; mas, habilidades também são essenciais para os profissionais. Cada vez mais, as empresas valorizam competências emocionais, como a inteligência emocional, em comparação com conhecimentos teórico-técnicos.
Entender a razão por trás dessa mudança organizacional é relativamente simples. É mais fácil ensinar alguém a executar uma tarefa operacional ou fornecer conhecimento teórico que possa impactar a empresa do que desenvolver habilidades socioemocionais. Contudo, é importante enfatizar que embora não seja simples, certamente não é impossível, uma vez que a inteligência emocional pode ser adquirida.
E agora, como está sua inteligência emocional? Já refletiu sobre isso? Uma oportunidade de trabalho ou até uma colocação melhor podem estar a apenas um passo de distância. Vale a pena investir no desenvolvimento da sua inteligência emocional!
Nesse momento você pode estar se perguntando: como posso fazer isso? O primeiro passo é focar em seu autoconhecimento e aprofundar sua compreensão sobre suas emoções. Experimente começar um diário emocional ou explore aplicativos como o Daylio Diário, que podem auxiliar no gerenciamento emocional.
Esperamos que este conteúdo e as dicas tenham sido enriquecedores para você. Até a próxima!
Autora:
Ana Carolina Schmidt
ConectAtivos – Núcleo de Oportunidades e Carreira