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O que líderes escolares estão preparando para 2021

Prof. Fernando Novais da Silva

Os líderes escolares e o governo, estavam planejando reabrir as escolas na primavera, ou seja, a partir de setembro de 2020, mas sem a segurança de uma vacina, o ano letivo parece imprevisível na melhor das hipóteses.

De repente, ficou claro para todos – embora os educadores estejam cientes o tempo todo – que as instituições de ensino são cruciais para manter o ecossistema do Brasil em movimento. Não são apenas os locais onde as crianças são educadas, embora essa continue sendo a principal contribuição cultural e objetivo indispensável, também são onde milhões de pais iniciam seus dias, deixando seus filhos, no caso de escolas infantis, antes de irem para empregos que pagam as contas.

Com o surgimento do Covid-19, essa dependência crítica foi compreendida por toda a sociedade. Os pais estão tendo uma visão em primeira mão do trabalho envolvido na supervisão da educação de uma criança, ao mesmo tempo em que manipulam suas responsabilidades profissionais, também contribuem quando a perspectiva real é o desemprego. É compreensivo que exista uma enorme demanda por escolas para reabrir, para que professores, pais e crianças em idade escolar possam retornar à normalidade produtiva.

Isso não vai ser fácil. Os primeiros relatórios sugerem que, a portas fechadas, os líderes das escolas estão discutindo se é seguro reabrir as escolas durante 2020. E mesmo que as escolas abram a tempo, os horários que podem ser obrigados a adotar podem manter os pais e os alunos em casa, pelo menos durante parte do dia. Se houver algum alívio no horizonte, é difícil vê-lo claramente.

Enquanto isso, em todo o país, os estados estão começando a preparar planos de contingência para um ano escolar altamente imprevisível. De acordo com várias reportagens, não haverá nada de rotina nisso.

Depois de todas as abordagens e planos de ação, a principal conclusão foi que os professores precisam ser preparados.

O desafio dos professores para instrução online

Um benefício positivo do ensino online de emergência é que muitos professores aprenderam a usar a tecnologia de maneira autêntica, experimentando em um ambiente de risco relativamente baixo. Apesar de aprenderem novas habilidades e seu conforto em usar a tecnologia como parte do ensino presencial, a maioria dos professores do ensino fundamental, médio e superior que tenho conversado ainda precisam de muito mais preparação para ensinar on-line. 

Como se observou, “Ensinar presencialmente com a tecnologia de suporte é uma coisa; ensinar usando a tecnologia como sala de aula e interação é um jogo totalmente diferente. ”

Além de usar tecnologias de aprendizagem a distância (por exemplo, sistemas de gerenciamento de aprendizagem ou aplicativos de conferência na web) e selecionar tecnologias baseadas na web apropriadas para aprimorar a abordagem com alunos, os professores precisam de mais suporte para aprender como gerenciar os alunos remotamente e em sessões ao vivo. Eles também precisam de treinamento em técnicas de avaliação on-line e maneiras de se comunicar e facilitar a aprendizagem on-line, principalmente com os alunos mais vulneráveis. 

Para ensinar bem online, os professores precisarão desenvolver um repertório de ferramentas, abordagens e metodologias pedagógicas online que envolvam uma mistura de:

Instrução direta: transmissão de informações sobre conceitos, habilidades e procedimentos por meio de demonstrações, palestras, screencasts, vídeos ou apresentações online;

Modelos cognitivos de aprendizado:  atividades estruturadas que não apenas colocam as informações na cabeça dos alunos, mas também adquirem conhecimento – raciocínio indutivo, questionamentos abertos, experimentos, estratégias metacognitivas e solução de problemas;

Modelos sociais de aprendizagem:  métodos instrucionais colaborativos que ainda podemos usar no aprendizado online, como: abordagens de quebra-cabeças, ensino recíproco, discussões, debates e tutoria de colegas.

Acima de tudo, os professores precisarão de orientação e estratégias para estabelecer um senso de presença emocional, cognitiva e instrucional, para que os alunos se sintam conectados e façam parte de uma comunidade online de alunos.

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